quarta-feira, 12 de março de 2008

CIN cria tintas bactericidas com capacidade de autolimpeza




A CIN está a promover, através do seu Departamento de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o desenvolvimento de nanoprodutos de ponta no mercado das tintas e vernizes.





Segundo disse hoje à Lusa o engenheiro José Nogueira, responsável pelo Departamento de I&D da Corporação Industrial do Norte (CIN), a empresa já possui - ou tem em fase final de lançamento no mercado - tintas com actividade bactericida, outras com revestimentos capazes de eliminar maus cheiros por oxidação das substâncias que os originam e produtos que induzem um efeito de auto-limpeza de superfícies de vidro e de outros materiais.






Estas últimas tintas têm ainda a capacidade para oxidarem os NOx presentes na ar contribuindo para a redução das quantidades de ozono que se formam na baixa atmosfera, indo de encontro a um objectivo importante na política da União Europeia para um ar limpo e um melhor ambiente.








Reflexão do Aluno: Publiquei esta notícia pois embora fuja ao tema que estamos a tratar nas aulas, penso que é muito importante termos esta ideia, pois podemos tentar "salvarnos" do estado em que estamos a por o nosso planeta Terra. É de louvar estes acontecimentos e descobertas.






Fonte: Portugal Diáro

segunda-feira, 3 de março de 2008

Gene de peixes ligado à leucemia humana

Um gene que controla a proliferação celular nos primórdios do olho dos vertebrados poderá ter a mesma função nas células sanguíneas, o que sugere novas terapias para a leucemia humana, segundo um estudo de investigadores portugueses, escreve a Lusa. O gene estudado neste trabalho, que utiliza como modelo o peixe-zebra, é o «meis1», o mesmo que em humanos parece estar envolvido em certos tipos de tumores, como as leucemias. «Muitas leucemias são causadas pela manutenção inadequada desse gene», disse à agência Lusa Fernando Casares, investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), da Universidade do Porto, e coordenador da equipa responsável pelo estudo, que incluiu colegas em Espanha e na Noruega. O peixe-zebra - um pequeno peixe de água doce de fácil manutenção, comum em aquários caseiros - foi escolhido como modelo para este trabalho devido à sua grande utilidade para os biólogos. Além de ter o genoma totalmente sequenciado e haver instrumentos para a sua manipulação genética, o embrião e a larva são transparentes, permitindo examinar directamente ao microscópio o seu desenvolvimento. Neste animal, os investigadores incidiram a sua atenção no olho e em particular na retina, que é uma parte especializada do sistema nervoso, mas tem uma organização mais simples do que o cérebro, por exemplo, explicou o investigador. A formação das células do olho no peixe-zebra resulta da proliferação de células inicialmente indistintas que se vão diferenciando num processo controlado pelo gene meis1. Quando é removido células proliferam menos «Quando o meis1 é removido por meios genéticos, essas células do olho proliferam menos e o olho resultante fica muito reduzido», disse Fernando Casares, que faz também investigação no Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento (CABD) da Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha. Curiosamente, o meis1 intervém nas fases iniciais do desenvolvimento normal do sangue e, tal como acontece com o olho, a sua expressão é desligada para permitir que as percursoras das células do sangue se diferenciem. Todavia, sublinhou o cientista, se o meis1 continuar «ligado», as células do sangue continuam a proliferar e tornam-se incapazes de desempenhar as suas funções normais. Embora não exista ainda uma explicação clara da ligação do meis1 à leucemia, o estudo, embora realizado no olho, sugere que esse gene poderá controlar a proliferação dos percursores das células do sangue ao agir sobre duas proteínas que estimulam a divisão celular. Sendo assim, conclui Fernando Casares, «esta função poderá ser alvo de novas terapias».



Fonte: Portugal Diário